A História de Dois Atletas
Vocês não sabem que de todos os que correm no estádio, apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem o prêmio. 1 Coríntios 9:24
Várias vezes, Paulo se referiu à vida cristã como uma corrida. Assim, amigo, você e eu somos atletas na corrida da vida. Mas a grande questão é: Por que corremos? E com ela vem outra pergunta interessante: Como corremos?
Os Jogos Olímpicos de 1924, sediados em Paris, França, foram caracterizados por dois atletas maravilhosos, ambos ingleses. Tratava-se de homens determinados; sua história, mais estranha do que qualquer ficção, deu origem ao clássico Carruagem de Fogo. Um deles, Harold Abrahams, era cabeça quente. Apesar de o pai dele, que era investidor, ser um homem muito rico, e apesar de Abrahams ter sido aceito para estudar na Universidade Cambridge, escola da elite, ainda sentia que tinha muito a provar, tanto ao mundo quanto a si mesmo. Abrahams era judeu e extremamente sensível a qualquer menosprezo, real ou imaginário, a qualquer sinal ou sugestão que indicasse que ele não fosse um verdadeiro inglês. Em vez de ceder às pressões sociais ou simplesmente suportar ser tratado com menosprezo, Abrahams levava o caso até as últimas consequências. Ele se tornou o melhor atleta da Inglaterra e conquistou o ouro olímpico.
Ao norte, nas Montanhas Escocesas, um atleta de características totalmente diversas também se preparou para ser o atleta mais rápido do mundo. Eric Liddell, filho de missionários na China, havia retornado à terra natal dos pais. Cristão devoto, ele se comprometeu a voltar ao campo missionário na China, mas apenas depois de testemunhar de sua fé na pista de atletismo.
Os dois foram selecionados para fazer parte da equipe olímpica britânica e partiram para a França com elevadas expectativas. Os anos em que Abrahams se submeteu a rígidos treinos compensaram: ele ganhou a prova dos 100 metros rasos, casou-se com uma linda atriz e teve uma vida boa, sendo respeitado e admirado.
Mas para Eric o sonho olímpico se tornou um pesadelo. Ele ficou sabendo que a competição dos 100 metros ocorreria no dia que ele considerava sagrado. Eric sofreu uma terrível pressão para competir, mas permaneceu firme. A esperança de conquistar o ouro olímpico foi embora. Surgiu, então, um raio de esperança – não para os 100 metros, mas para os 400 metros. Liddell não havia se preparado para correr essa distância, mas decidiu participar da corrida e venceu, sendo aclamado por todos.
Amigo, por que você corre? E como? Certifique-se de que seja por causa da graça e pela graça.